terça-feira, 12 de outubro de 2010

Mulheres quentes

Por que os homens gostam tanto de mulheres "safadas", mas não se casam com elas?
Uma desculpa deslavada é que ele pode achar que uma mulher cheia de fogo valoriza muito mais o sexo do que a sagrada união matrimonial.
E isto é bem fácil de entender, porque como muitos podem amar de paixão suas mulheres, mas como valorizam muito mais o prazer sexual, acreditam que com elas não será diferente. Resumindo: é o medo do feitiço virar contra o feiticeiro.
Não entendeu nada? Então eu explico melhor: ele pode achar que ela pode ama-lo e até fazer declarações de amor, mas como gosta muito da fruta,jamais deixará passar uma oportunidade de transar.
Mas não tem nada a ver, as chances de uma mulher ser fiel ou não, independe do que ela gosta ou não de fazer na cama! E digo mais: uma mulher que encontra um homem sem preconceitos, que aceite seu desejo sexual, dificilmente será infiel!
Por outro lado, conheço uma porrada de "santinhas", todas acima de quaisquer suspeitas, que nunca perdem a chance de dar uma variada no cardápio.
Outros -normalmente bem machistas- receiam que se a mulher é muito gulosa, no mínimo deve ter ido pra cama com centenas de homens. Então, como procuram por "imaculadas", jamais aceitarão ficar muito tempo ao lado de uma mulher, digamos, "rodada".
Também é comum acharem que uma mulher que não precisa ser convencida a fazer algo mais picante na cama não é boa coisa!
Afinal, muitos gostam de pensar que convenceram suas mulheres à fazer sacanagens, por isso se sentem mais seguros quando elas relutam antes de aceitar. Coitados...Muitos nem percebem que elas já devem ter feito tanto daquilo (que eles acham que estão fazendo pela primeira vez) que já estão até cansadas!
Mas vai se fazer o que, né? Pra todo machista existe uma mentira adequada a sua ignorância!
Mas também existe o pavor de não conseguir acompanhar o pique da garota na cama. E é um medo que assombra muitos homens: delas quererem mais e eles não serem capazes de dar. Ou nunca te passou pela cabeça que tem muito homem por aí que se sente muito mais aliviado por ter vencido uma meta, do que propriamente ter feito sexo?
Então, pra que se envolver com um traste que adora o sexo que fazem, que vira os olhos e bufa de prazer na cama, se tudo só serve para faze-la menos digna? Será então que o certo seria se segurar, dar uma de santinha, e ir sufocando o calor no meio das pernas? Será que tem que abrir mão das sacanagens, só pra segurar macho?

Não! Quer dar, então dê com estilo, com tudo o que tem direito: de ladinho, de quatro, plantando bananeira, porque se você espera um dia ser feliz, definitivamente não será ao lado de um Jagunço!

Talvez sua felicidade esteja ao lado de um homem ao qual não precise justificar seus desejos.

Adrenalina pura, romantismo nem tanto. Condolências, mas paixão é doença e saúde é o que interessa"

Tem de ser com paixão? Pede olhos marejados, tremelique nas pernas, joelhos fracos, coração arrítmico, ser surpeendido, tornar-se refém, não conseguir se desvencilhar de braços. Experimente um sequestro relâmpago, a emoção é tal qual.
Sem paixão não rola? Não admite uma relação sem devaneios, o sentimento deve ser perturbador, repleto de vertigem e acontecimentos síncopes. Anseia enlouquecer, viciar, pular de olhos fechados, andar nas nuvens, ouvir vozes do além recitando poeminhas de amor do Shakespeare. O barato da cocaína é o mesmo, ouvi dizer.
Não abre mão de paixão? Deseja rir sem motivo, sentir dor no silêncio, que partidas recolham a paz, a ansiedade do reencontro torture, a ausência esgane o miocárdio. Talvez seja um troço chamado síndrome do pânico com nuances de transtorno bipolar. Você está certo disto?
Quer uma vida de ventanias que leve a navegar correndo riscos, tendo de calar a respiração, sentindo na cara a brisa do mar, a cor do luar, numa viagem de descobertas em dissimuladas correntezas e doidas tempestades. Quem sabe um barquinho a motor no meio do Pacífico?
A paixão é mágica sim, e toda mágica pressupõe o ilusionismo. A paixão é o analgésico para o vazio da alma. E por falar em remédio, paixão é tida como patologia, caracterizada por uma liberação contínua de neurotransmissores estepes da carência de serotonina. Suscita o prazer admirativo, acometendo o apaixonado de falhas de raciocínio. Adrenalina pura, romantismo nem tanto. Condolências, paixão é doença e saúde é o que interessa.
Como colesterol, ela também possui o irmão benévolo. A paixão do tipo B. Não requer curativos ou tratamento medicamentoso. Pelo contrário, é gostoso e faz bem. Sem contra-indicação, reação alérgica ou efeito colateral. Evita lágrima, sangue ou leite derramado. Popularmente conhecida como "bem-te-quero" e transmitida por um bicho esquisito, raro e erradicado, segundo Zygmunt Bauman. Sem controle, também pode levar ao amor.
Gostar de alguém. Vide bula: sabe-se da existência de frieiras, piriri, fungo da unha, instabilidade de humor, coceira crônica no joelho esquerdo e foliculite na virilha, mas gosta-se ainda assim. Enxerga-se o rasgo na calcinha, o dente com feijão, o problema com o irmão, a incompetência em situar-se no mapa, a dificuldade em assumir um erro ou de explicar um sentimento. Não tem cura, gosta-se. Não ignora-se a batatinha com leite condensado, a insistência no "conviver juntos" apesar das intervenções professorais, a mania de futucar no nariz, esburacar o queijo Minas, tomar banho em câmera lenta. A afeição pelo Luciano Huck, a revista Caras, o carnaval de Salvador e os best-sellers do Augusto Cury. Gosta-se não por todas estas razões, mas apesar. A paixão Tipo B não hospeda projeções enganosas ou realidade virtual.
O amor, se tivesse um ministério próprio, adverteria: - Atenção! Gostar de uma pessoa como ela é, e ser gostado de volta, sem desfiguração de DNA em função de febres delirantes, pode levá-lo a contrair confluência mental devido ao tombo dos mecanismos de defesa. Ao persistirem os sintomas, o coração deverá ser consultado. Este os declara infectados pela Paixão Tipo B. Mais, os declara lúcidos, maduros e sortudos.

domingo, 10 de outubro de 2010

Separação

   Desfazer ligações afetivas é algo que nos desestrutura. Sair de um relacionamento amoroso, acabar com o lero-lero, com as constantes brigas e dar de cara com o desencanto, é penoso. Meses de sofrimento nos esperam.
   Ninguém quer carregar a culpa consigo. Em geral, as pessoas querem sair de qualquer relação como vítimas, seja de um relacionamento amoroso, de um relacionamento com amigos ou mesmo em relações familiares. Colocar a culpa no outro é fácil e prático. Não descarto um 'ponto final' em relacionamentos difíceis; porém com certo jeito, se possível.
   Fico indignada com truques, com manobras. Com tudo que agride e que humilha. E relacionamento é algo muito delicado. Vive-se com alguém por longo tempo e, de repente, vem a decepção; deu pra bolinha. E a sordidez está sempre presente: como vou sair, como vou largar, como vou me mandar: e o que vou levar...
A dificuldade em acabar uma união é tão grande que já existe, nos Estados Unidos, um site “The Relatione Ship Terminator” que, mediante um pagamento, terceiriza a 'tarefa' de comunicar à pessoa - através de telefone ou e-mail -, o fim do relacionamento. Já pensaram em receber uma comunicação dessa maneira?
Após uma longa convivência, onde houve cumplicidade, boa fé, camaradagem e amor - no caso de casais -, o mínimo que se espera é a verdade. Mas é tão impossível uma conversa sem conflitos que virou moda 'dispensar' - através de terceiros -, ou ‘plantar’ atitudes mesquinhas e truculentas para induzir o outro a cair fora. Fico pensando, então, como os afetos que unem as pessoas são frágeis...
Em qualquer tipo de relacionamento, restará, apenas, mágoa. Ou ódio. Como certas atitudes não têm volta, usar de mais sensibilidade no trato com as pessoas seria de bom tom: uma forcinha extra.
“Eu bato o portão sem fazer alarde / eu levo a carteira de identidade / uma saideira, muita saudade / e a leve impressão de que já vou tarde”. (Chico Buarque e Francis Hime).

E ponto final: tudo acabado! Mas as cicatrizes ficarão por muito tempo, ainda mais com esse novo método patenteado pelos americanos...

A pessoa Certa...

Pensando bem em tudo o que a gente vê e vivencia e ouve e pensa, não existe uma pessoa certa pra gente.
Existe uma pessoa que se você for parar pra pensar é, na verdade, a pessoa errada.
Porque a pessoa certa faz tudo certinho!
Chega na hora certa, fala as coisas certas,faz as coisas certas, mas nem sempre a gente tá precisando das coisas certas.
Aí é a hora de procurar a pessoa errada.
A pessoa errada te faz perder a cabeça, perder a hora, morrer de amor...
A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar que é pra na hora que vocês se encontrarem
a entrega ser muito mais verdadeira.
A pessoa errada, é na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa.
Essa pessoa vai te fazer chorar, mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas.
Essa pessoa vai tirar seu sono.
Essa pessoa talvez te magoe e depois te enche de mimos pedindo seu perdão.
Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado, mas vai estar 100% da vida dela esperando você.
Vai estar o tempo todo pensando em você.
A pessoa errada tem que aparecer pra todo mundo, porque a vida não é certa.
Nada aqui é certo!
O que é certo mesmo, é que temos que viver cada momento, cada segundo, amando, sorrindo, chorando, emocionando, pensando, agindo,querendo,conseguindo...
E só assim, é possível chegar àquele momento do dia em que a gente diz: "Graças à Deus deu tudo certo"
Quando na verdade, tudo o que Ele quer é que a gente encontre a pessoa errada pra que as coisas comecem a realmente funcionar direito pra gente...

Luís Fernando Veríssimo

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Como roubar um coração...

Para se roubar um coração, é preciso que seja com muita habilidade, tem que ser vagarosamente, disfarçadamente, não se chega com ímpeto, não se alcança o coração de alguém com pressa.
Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos poucos, com cuidado.
Não se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade, teremos que furtá-lo, docemente.
Conquistar um coração de verdade dá trabalho, requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar uma renda em um vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança.
É necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho e sinceridade.
Para se conquistar um coração definitivamente tem que ter garra e esperteza, mas não falo dessa esperteza que todos conhecem, falo da esperteza de sentimentos, daquela que existe guardada na alma em todos os momentos.
Quando se deseja realmente conquistar um coração, é preciso que antes já tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenha sido explorado nos mínimos detalhes, que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago.
...e então, quando finalmente esse coração for conquistado, quando tivermos nos apoderado dele, vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco.
Uma metade de alguém que será guiada por nós e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração.
Eles sofrerão altos e baixos sim, mas com certeza haverá instantes, milhares de instantes de alegria.
Baterá descompassado muitas vezes e sabe por que?
Faltará a metade dele que ainda não está junto de nós.
Até que um dia, cansado de estar dividido ao meio, esse coração chamará a sua outra parte e alguém por vontade própria, sem que precisemos roubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que faltava.
... e é assim que se rouba um coração, fácil não?
Pois é, nós só precisaremos roubar uma metade, a outra virá na nossa mão e ficará detectado um roubo então!
E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém... é simples... é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados, arrancados do seu peito, e somente com um grande amor ela terá um novo coração, afinal de contas, corações são para serem divididos, e com certeza esse grande amor repartirá o dele com você.

Luís Fernando Veríssimo

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O Amor não acaba

O amor não acaba, nós é que mudamos...

Um homem e uma mulher vivem uma intensa relação de amor, e depois de alguns anos se separam, cada um vai em busca do próprio caminho, saem do raio de visão um do outro. Que fim levou aquele sentimento? O amor realmente acaba?
O que acaba são algumas de nossas expectativas e desejos, que são subtituídos por outros no decorrer da vida. As pessoas não mudam na sua essência, mas mudam muito de sonhos, mudam de pontos de vista e de necessidades, principalmente de necessidades. O amor costuma ser amoldado à nossa carência de envolvimento afetivo, porém essa carência não é estática, ela se modifica à medida que vamos tendo novas experiências, à medida que vamos aprendendo com as dores, com os remorsos e com nossos erros todos. O amor se mantém o mesmo apenas para aqueles que se mantém os mesmos.
Se nada muda dentro de você, o amor que você sente, ou que você sofre, também não muda. Amores eternos só existem para dois grupos de pessoas. O primeiro é formado por aqueles que se recusam a experimentar a vida, para aqueles que não querem investigar mais nada sobre si mesmo, estão contentes com o que estabeleceram como verdade numa determinada época e seguem com esta verdade até os 120 anos. O outro grupo é o dos sortudos: aqueles que amam alguém, e mesmo tendo evoluído com o tempo, descobrem que o parceiro também evoluiu, e essa evolução se deu com a mesma intensidade e seguiu na mesma direção. Sendo assim, conseguem renovar o amor, pois a renovação particular de cada um foi tão parecida que não gerou conflito.
O amor não acaba. O amor apenas sai do centro das nossas atenções. O tempo desenvolve nossas defesas, nos oferece outras possibilidades e a gente avança porque é da natureza humana avançar. Não é o sentimento que se esgota, somos nós que ficamos esgotados de sofrer, ou esgotados de esperar, ou esgotados da mesmice. Paixão termina, amor não. Amor é aquilo que a gente deixa ocupar todos os nossos espaços, enquanto for bem-vindo, e que transferimos para o quartinho dos fundos quando não funciona mais, mas que nunca expulsamos definitivamente de casa...

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Quem não dá assistência, abre concorrência...

Você homem da atualidade, vem se surpreendendo diuturnamente com o "nível" intelectual, cultural e, principalmente, "liberal" de sua mulher, namorada e etc.
Às vezes sequer sabe como agir, e lá no fundinho tem aquele medo de ser traído - ou nos termos usuais: "corneado". Saiba de uma coisa... esse risco é iminente, a probabilidade disso acontecer é muito grande, e só cabe a você, e a ninguém mais evitar que isso aconteça ou, então, assumir seu "chifre" em alto e bom som.
Você deve estar perguntando porque eu gastaria meu precioso tempo falando sobre isso. Entretanto, a aflição masculina diante da traição vem me chamando a atenção já há tempos.
Mas o que seria uma "mulher moderna"?
A princípio seria aquela que se ama acima de tudo, que não perde (e nem tem) tempo com/para futilidades, é aquela que trabalha porque acha que o trabalho engrandece, que é independente sentimentalmente dos outros, que é corajosa, companheira, confidente, amante...
É aquela que às vezes tem uma crise súbita de ciúmes mas que não tem vergonha nenhuma em admitir que está errada e correr pros seus braços...
É aquela que consegue ao mesmo tempo ser forte e meiga, desarrumada e linda...
Enfim, a mulher moderna é aquela que não tem medo de nada nem de ninguém, olha a vida de frente, fala o que pensa e o que sente, doa a quem doer...
Assim, após um processo "investigatório" junto a essas "mulheres modernas" pude constatar o pior:
VOCÊ SERÁ (OU É???) "corno", a menos que:
- Nunca deixe uma "mulher moderna" insegura. Antigamente elas choravam. Hoje, elas simplesmente traem, sem dó nem piedade.
- Não ache que ela tem poderes "adivinhatórios". Ela tem de saber - da sua boca - o quanto você gosta dela. Qualquer dúvida neste sentido poderá levar às conseqüências expostas acima.
- Não ache que é normal sair com os amigos (seja pra beber, pra jogar futebol...) mais do que duas vezes por semana, três vezes então é assinar atestado de "chifrudo". As "mulheres modernas" dificilmente andam implicando com isso, entretanto elas são categoricamente "cheias de amor pra dar" e precisam da "presença masculina". Se não for a sua meu amigo... bem...
- Quando disser que vai ligar, ligue, senão o risco dela ligar pra aquele ex bom de cama é grandessíssimo.
- Satisfaça-a sexualmente. Mas não finja satisfazê-la. As "mulheres modernas" têm um pique absurdo com relação ao sexo e, principalmente dos 20 aos 38 anos, elas pensam em - e querem - fazer sexo todos os dias (pasmem, mas é a pura verdade)...bom, nem precisa dizer que se não for com você...
- Lhe dê atenção. Mas principalmente faça com que ela perceba isso. Garanhões mau (ou bem) intencionados sempre existem, e estes quando querem são peritos em levar uma mulher às nuvens. Então, leve-a você, afinal, ela é sua ou não é????
Nem pense em provocar "ciuminhos" vãos. Como pude constatar, mulher insegura é uma máquina colocadora de chifres.
- Em hipótese alguma deixe-a desconfiar do fato de você estar saindo com outra. Essa mera suposição da parte delas dá ensejo ao um "chifre" tão estrondoso que quando você acordar, meu amigo, já existirá alguém MUITO MAIS "comedor" do que você...só que o prato principal, bem...dessa vez é a SUA mulher.
Sabe aquele bonitão que, você sabe, sairia com a sua mulher a qualquer hora. Bem... de repente a recíproca também pode ser verdadeira. Basta ela, só por um segundo, achar que você merece...Quando você reparar... já foi.
- Tente estar menos "cansado". A "mulher moderna" também trabalhou o dia inteiro e, provavelmente, ainda tem fôlego para - como diziam os homens de antigamente - "dar uma", para depois, virar pro lado e simplesmente dormir.
Volte a fazer coisas do começo da relação. Se quando começaram a sair viviam se cruzando em "baladas", "se pegando" em lugares inusitados, trocavam e-mails ou telefonemas picantes, a chance dela gostar disso é muito grande, e a de sentir falta disso então é imensa. A "mulher moderna" não pode sentir falta dessas coisas...senão...
Bem amigos, aplica-se, finalmente, o tão famoso jargão "quem não dá assistência, abre concorrência".
Deste modo, se você está ao lado de uma mulher de quem realmente gosta e tem plena consciência de que, atualmente o mercado não está pra peixe (falemos de qualidade), pense bem antes de dar alguma dessas "mancadas"... proteja-a, ame-a, e, principalmente, faça-a saber disso.
Ela vai pensar milhões de vezes antes de dar bola pra aquele "bonitão" que vive enchendo-a de olhares... e vai continuar, sem dúvidas, olhando só pra você!

Arnaldo Jabor

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

É preciso mudar...

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Relacionamentos

Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim. Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa:
- 'Ah, terminei o namoro... '
- 'Nossa, quanto tempo?'
- 'Cinco anos... Mas não deu certo... Acabou'
- É não deu...?
Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou.
E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.
Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por
cento do outro?
E não temos esta coisa completa.
Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é malhada, mas não é sensível.
Tudo nós não temos.
Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro.
Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia.
E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante... E se o beijo bate... Se joga... Senão bate... Mais um Martini, por favor... E vá dar uma volta.
Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra.
O outro tem o direito de não te querer.
Não lute, não ligue, não dê pití.
Se a pessoa ta com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta.
Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro, recessão de família?
O legal é alguém que está com você por você.
E vice versa.
Não fique com alguém por dó também.
Ou por medo da solidão.
Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado.
E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro.
Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?
Gostar dói.
Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração.
Faz parte. Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo.
E nem sempre as coisas saem como você quer...
A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta.
Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.
Na vida e no amor, não temos garantias.
E nem todo sexo bom é para namorar.
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
Nem todo beijo é para romancear.
Nem todo sexo bom é para descartar. Ou se apaixonar. Ou se culpar.
Enfim... Quem disse que ser adulto é fácil?

sábado, 26 de junho de 2010

O Amor

A gente não escolhe por quem vai se apaixonar... Simplesmente acontece...

Podemos procurar, vasculhar todos os cantos atrás de uma paixão...
No entanto, ela só acontece se tiver que acontecer...
Às vezes julgamos ter encontrado o amor ... Que nada, era apenas um desvio... Um passo em falso no nosso caminho...
Mas esses quase-amores nos ajudam a identificar o amor real, verdadeiro...
Ninguém sabe explicar o que é o amor... Só se sabe que ele chega de mancinho... sem dar aviso ... E quando a gente vê já tomou conta...
Ahh... como é bom, como é bom amar... Aquele sorriso bobo constante no rosto... os olhinhos sempre brilhando e o coração batendo forte...

Ame muito!!!

sábado, 5 de junho de 2010

Doidas e santas

"Estou no começo do meu desespero/e só vejo dois caminhos:/ou viro doida ou santa". São versos de Adélia Prado, retirados do poema A Serenata. Narra a inquietude de uma mulher que imagina que mais cedo o ou mais tarde um homem virá arrebatá-la, logo ela que está envelhecendo e está tomada pela indecisão - não sabe como receber um novo amor não dispondo mais de juventude. E encerra: "De que modo vou abrir a janela, se não for doida? Como a fecharei, se não for santa?".
Adélia é uma poeta danada de boa. E perspicaz. Como pode uma mulher buscar uma definição exata para si mesma estando em plena meia-idade, depois de já ter trilhado uma longa estrada onde encontrou alegrias e desilusões, e tendo ainda mais estrada pela frente? Se ela tiver coragem de passar por mais alegrias e desilusões - e a gente sabe como as desilusões devastam - terá que ser meio doida. Se preferir se abster de emoções fortes e apaziguar seu coração, então a santidade é a opção. Eu nem preciso dizer o que penso sobre isso, preciso?
Mas vamos lá. Pra começo de conversa, não acredito que haja uma única mulher no mundo que seja santa. Os marmanjos devem estar de cabelo em pé: como assim, e a minha mãe???
Nem ela, caríssimos, nem ela.
Existe mulher cansada, que é outra coisa. Ela deu tanto azar em suas relações que desanimou. Ela ficou tão sem dinheiro de uns tempos pra cá que deixou de ter vaidade. Ela perdeu tanto a fé em dias melhores que passou a se contentar com dias medíocres. Guardou sua loucura em alguma gaveta e nem lembra mais.
Santa mesmo, só Nossa Senhora, mas cá entre nós, não é uma doideira o modo como ela engravidou? (não se escandalize, não me mande e-mails, estou brin-can-do).
Toda mulher é doida. Impossível não ser. A gente nasce com um dispositivo interno que nos informa desde cedo que, sem amor, a vida não vale a pena ser vivida, e dá-lhe usar nosso poder de sedução para encontrar "the big one", aquele que será inteligente, másculo, se importará com nossos sentimentos e não nos deixará na mão jamais. Uma tarefa que dá para ocupar uma vida, não é mesmo? Mas além disso temos que ser independentes, bonitas, ter filhos e fingir de vez em quando que somos santas, ajuizadas, responsáveis, e que nunca, mas nunca, pensaremos em jogar tudo pro alto e embarcar num navio-pirata comandado pelo Johnny Depp, ou então virar uma cafetina, sei lá, diga aí uma fantasia secreta, sua imaginação deve ser melhor que a minha.
Eu só conheço mulher louca. Pense em qualquer uma que você conhece e me diga se ela não tem ao menos três dessas qualificações: exagerada, dramática, verborrágica, maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante. Pois então. Também é louca. E fascina a todos.
Todas as mulheres estão dispostas a abrir a janela, não importa a idade que tenham. Nossa insanidade tem nome: chama-se Vontade de Viver até a Última Gota. Só as cansadas é que se recusam a levantar da cadeira para ver quem está chamando lá fora. E santa, fica combinado, não existe. Uma mulher que só reze, que tenha desistido dos prazeres da inquietude, que não deseje mais nada? Você vai concordar comigo: só sendo louca de pedra.

Martha Medeiros

sábado, 29 de maio de 2010

O Amor

Chorar não resolve nada, falar pouco é uma virtude, aprender a se colocar em primeiro lugar não é egoísmo e o que não mata com certeza fortalece. As vezes mudar é preciso, nem tudo vai ser como você quer, a vida continua. Pra qualquer escolha se segue alguma conseqüência, vontades efêmeras não valem a pena, quem faz uma vez não faz duas necessariamente, mas quem faz dez, com certeza faz onze. Essa historia de que é melhor acordar arrependido do que dormir com vontade é mentira! Perdoar é nobre, esquecer é quase impossível. Nem todo mundo é tão legal assim, e de perto ninguém é normal. Quem te merece não te faz chorar, quem gosta cuida, o que está no passado tem motivos para não fazer parte do seu presente, não é preciso perder pra aprender a dar valor e os amigos ainda se contam nos dedos. Aos poucos você percebe o que vale a pena, o que se deve guardar pro resto da vida, e o que nunca deveria ter entrado nela. Não tem como esconder a verdade, nem tem como enterrar o passado, o tempo sempre vai ser o melhor.

Assim como a terra que carrega o nome da África, o amor está na minha mente. É para todos, não importa de onde você é, amor ultrapassa todas as barreiras como o sentimento de todas as estações mudando, O amor é uma memória e nestes últimos dias, quando a iniquidade surpreende, o verdadeiro amor fala.
Eu preciso de amor um verdadeiro você sabe o que você significa para mim demonstra como eu vivo e como eu respiro. No vale da sombra, eu sei que você estará.
Eu defendo, eu domino a morte e eu domino o inimigo (inveja).
O que é o amor realmente se ela afeta apenas um aspecto da vida? Isso é como um músico que só aceita o seu próprio tipo musical, isso é como um pregador que apenas respeita domingo de manhã, e não sábado à noite isso é como um soldado pode vir a refletir, esse amor é mais do que marido e esposa.
Em uma época de abundância, Já irá me manter forte as coisas chegarão e eu me manterei legal,Já irá me manter forte, quando meu copo estiver vazio, Já irá me manter forte.
Quando meu copo estiver cheio, Já me manterá a partir de sua tentação.

LPM

domingo, 23 de maio de 2010

SEJA UM IDIOTA

A idiotice é vital para a felicidade.
Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz! A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins.
No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe disse. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele.
Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto.
Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo,soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça?
hahahahahahahahaha!...
Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que você não vai ao cinema?
É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí,o que elas farão se já não têm por que se desesperar?
Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não.
Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa.
Dura, densa, e bem ruim.

Brincar é legal. Entendeu?
Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço,não tomar chuva.
Pule corda!
Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte.
Ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único "não" realmente aceitável.
Teste a teoria. Uma semaninha, para começar.
Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são:
passageiras. Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir...
Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração!
Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora?
A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore,dance e viva intensamente antes que a cortina se feche!

Arnaldo Jabor

terça-feira, 11 de maio de 2010

Decidi te querer por querer

“Decidi te querer por querer, decidi te lembrar quantas vezes eu tenha vontade sem nada perder“*… É há momentos que não adianta tentar esquecer, amordaçar o que vai dentro. Só o que dá é viver cada detalhe, cada gesto, degustar cada minuto como se fosse um manjar dos deuses… E, como numa dança de sedução e de tudo o que é proibido, viver a sensualidade de cada toque roubado, cada olhar escondido, cada palavra falada ou não falada… Viver o amor, brindar a vida, o outro, o encontro – estar e fazer feliz!

É assim que acontece o amor. E tudo começa com uma decisão, que independe de qualquer outro, qualquer momento, qualquer dificuldade, qualquer impedimento, vem de dentro para uma vida, uma nova história. Dessa forma nasce o amor. Aquela sensação de sentir-se sem chão, sem medida e, ao mesmo tempo plena, segura e insegura, guerra e paz.
Dessa maneira se vive o amor que se transforma e cresce e, nesse sentido, nos faz divinos. Amar – que decisão complexa, amedrontadora, enlouquecedora, rejuvenescedora… É mesmo um milagre! E se é tudo de bom – por que não nos deixamos envolver com esse sentimento, o mais nobre de todos?
Temos medos, marcas, dúvidas, somos mais ou menos como os “gatos escaldados”, fugimos de água fria… Além disso, a própria sociedade demanda-nos cuidado. Tanto que mais do que anestesiadosm ficamos mesmo é num estado de defendidos.
Defendemo-nos de nós mesmos, dos nossos medos, nossos desejos, nossos sentimentos, nossos sonhos – evitamos tudo o que não está no script que ao longo do tempo pensamos escrever. Esquivamo-nos do outro, do amar. Da possibilidade, da oportunidade de viver uma relação seja lá como for.
A questão é, se todos pudessem experimentar a sensação de: Ok! Estou mesmo apaixonada! Não há mais o que fazer. Rendo-me ao seu amor. Ao meu amor. Ao nosso tempo – ao não tempo. Não me importa o quanto vai durar. Não conta se está certo ou errado – só o que posso fazer é te amar. Não sei se você corresponde. Não sei se está pronto, não sei se será fácil… Não sei se estou pronta. Nada mais há a fazer. A não ser amar, amar, amar. Libertar-me, libertá-lo, sorrir, abraçar, amar… Abrir as portas. O coração. Abrir para o que despertou e o que desperto – o que temos de melhor. Juntos, brilhamos mais, me sinto mais forte, mais jovem – sou coragem. Sou vida. Sou eu em você. Sinto-me por isso capaz e, mais, sinto-me amada em cada toque, ao olhar-te, ao perceber o sorrir em teus olhos. Sinto-me amada quando me beija na boca, me empresta seu cheiro, me ama com pressa… Ok. Estou assim: entregue a nós e a esse sentimento que faz tão bem… Amo você como jamais se poderia amar alguém. Amo você com todo meu ser, alma, corpo, mente, amo porque quero, escolho. Amo porque me faz bem… Ok. Em você sinto-me maravilhosamente mulher! Sou seu amor.
Lindo não é mesmo?! É sentir-se apaixonada nos faz poetas. Mais coloridos, mais alegres, mais… É para todos? Sim. Todos podemos entrar em uma relação com esse tom, essa intensidade, essa vontade… Dará certo, durará para sempre? Não há como saber ou avaliar. Vai machucar, doer, vamos sofrer, vamos ser felizes? Tampouco há como prever.
E, isso tudo é da vida. Afinal, não há como brincar com fogo sem se queimar, amar sem arriscar, viver sem experimentar. Então, que venham os amores, as paixões, os sentimentos. Que sejam fortes certos ou incertos. Que sejam avassaladores e, que ok – sim deixem marcas… Boas ou más…
Que possamos então mergulhar em cada situação que a vida nos traz. São todas presentes! Presentes que abrem nossos corações e, nos ajudam a trazer a tona tudo o que precisamos.
Então fica a pergunta – você está amando? Permitiu-se viver uma história? Está poeta por esses dias? Conte-me a sua história de amor, fique com ela! Guarde-a como se fosse uma jóia rara – ela por fim – despertou sentimentos, sensações – despertou o que levar de belo, bom e verdadeiro – o resto, bem, o resto pode até balizar escolhas futuras – não impedi-las… Escolhas, sempre escolhas.

Sandra Maia

sábado, 8 de maio de 2010

Crônica do amor

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.
Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?
Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem amenor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.
Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?
Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.
É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura
por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.
Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.

Arnaldo Jabor

terça-feira, 4 de maio de 2010

A FITA MÉTRICA DO AMOR

Como se mede uma pessoa? Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento. Ela é enorme pra você quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravada. É pequena pra você quando só pensa em si mesma, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade.
Uma pessoa é gigante pra você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto. É pequena quando desvia do assunto.
Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma. Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês.
Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas: será ela que mudou ou será que o amor é traiçoeiro nas suas medições? Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.
É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações. Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes.

Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande. É a sua sensibilidade sem tamanho.

Martha Medeiros

domingo, 2 de maio de 2010

Sentir-se amado

O cara diz que te ama, então tá. Ele te ama.
Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado.

Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme para a angústia instalar-se.
A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e verbalização, apesar de não sonharmos com outra coisa: se o cara beija, transa e diz que me ama, tenha a santa paciência, vou querer que ele faça pacto de sangue também?
Pactos. Acho que é isso. Não de sangue nem de nada que se possa ver e tocar. É um pacto silencioso que tem a força de manter as coisas enraizadas, um pacto de eternidade, mesmo que o destino um dia venha a dividir o caminho dos dois.
Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando. "Não seja tão severa consigo mesma, relaxe um pouco. Vou te trazer um cálice de vinho".
Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d´água. "Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando? Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem aqui, tira este sapato."
Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.

Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo.

Martha Medeiros

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Falta romantismo nas relações

O homem de hoje, nem de longe, é parecido com o de anos atrás. Este homem que se diz moderno sepultou a cortesia, matou o romantismo e elegeu a perversão inescrupulosa como a predominante nas camas dos motéis. Ninguém mais se preocupa em flertar, acariciar, dizer coisas provocantes ao pé do ouvido; hoje, o que se vê é um olhar sexual e uma noite de sexo sem muitas vezes sem ao menos ser trocado um par de palavras e nada mais.

Sexo é maravilhoso, é divino e poder usufruir disso todo dia e toda hora é o ápice do prazer, mas antes disso, precisamos executar algumas tarefas simples que transformam o momento do sexo em algo muito maior do que o próprio prazer orgástico.
Falta o jogo do olhar, os bilhetinhos convidativos, os torpedos no telefone que apimentam a noite seguinte; falta a gentileza, a dança e mesmo sabendo que não há mais as mesas com velas e candelabros sugestivos, o homem precisa resgatar um pouco daquela época de ouro em que fazíamos as mesmas coisas de hoje, mas com um toque de glamour que ninguém mais sabe fazer.
Falta sedução, romantismo, palavras cantadas, flores; pois nada disso quer dizer "ser cafona", pelo contrário; desta forma nos tornamos diferentes e nos colocamos num clube seleto e cada vez mais escasso de membros.

Por favor, senhores homens: sejam mais gentis e conquistem suas gatas da forma mais carinhosa possível, mesmo que elas adotem o estilo selvagem, é possível ser selvagem com carinho e romantismo e fazê-las amá-los de várias formas por várias vezes.

Autor desconhecido(homem)

sábado, 24 de abril de 2010

Quem "quase" vive, já morreu...

Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode,que o medo impeça de tentar.

Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando,
vivendo que esperando, porque embora quem quase morre esteja vivo,
quem quase vive já morreu.

Luis Fernando Verissimo

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Não se acostume com o que não o faz feliz...

Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!

Fernando Pessoa
DAR NÃO É FAZER AMOR


Dar é dar.
Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido.
Mas dar é bom pra cacete.
Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca...
Te chama de nomes que eu não escreveria...
Não te vira com delicadeza...
Não sente vergonha de ritmos animais. Dar é bom.
Melhor do que dar, só dar por dar.
Dar sem querer casar....
Sem querer apresentar pra mãe...
Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.
Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral...
Te amolece o gingado...
Te molha o instinto.
Dar porque a vida é estressante e dar relaxa.
Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.
Tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito.
Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem
esperar ouvir futuro.
Dar é bom, na hora.
Durante um mês.
Para os mais desavisados, talvez anos.


Mas dar é dar demais e ficar vazio.
Dar é não ganhar.
É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.
É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir.
É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra dar
o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar:
"Que que cê acha amor?".
É não ter companhia garantida para viajar.
É não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia.
Dar é não querer dormir encaixadinho...
É não ter alguém para ouvir seus dengos...
Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.

Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor.
Esse sim é o maior tesão.
Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar

Experimente ser amado...

Luís Fernando Veríssimo